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19/04/2024
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Quartos compactos dominam grandes apartamentos

Posted by Fred Rangel
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14
nov

Novembro/2012 – Estado de S. Paulo

Aumento da metragem das unidades privilegiam principalmente o tamanho e a sofisticação das áreas sociais e da suíte do casal. A era dos livings ampliados nos lançamentos imobiliários é também a dos dormitórios compactos. Mesmo em unidades de alto padrão e com grandes metragens, as áreas privativas cedem espaço para os ambientes voltados ao convívio social.

A prioridade dada aos cômodos coletivos é tendência em todos os empreendimentos, mas impressiona principalmente nas unidades maiores. Apartamentos de mais de 300 metros quadrados oferecem hoje dormitórios com cerca de 10 m², excetuando as suítes dedicadas ao casal, em geral mais espaçosas.

Os imóveis compactos são mais econômicos, com não muito mais de 6 m² para cada quarto. “À medida que os apartamentos aumentam, o que muda consideravelmente é a suíte master e a sala. Com os dormitórios, isso não ocorre de forma tão acentuada”, explica o diretor de negócios da Brookfield Incorporações, Ricardo Laham.

No PlaceSantana, em construção na zona norte da capital, a empresa reservou 17,24 m² das unidade somente para as varandas. A área supera a de três dormitórios do imóvel e perde apenas para a suíte master com closet, de 19 m². A planta permite ainda que a sala, com 7,28 metros, seja ampliada após a reversão de um dos quartos de solteiro. “A tendência é ter menos ambientes e ambientes maiores. As pessoas preferem ter um living imenso que é separado com a decoração. O quarto, no fundo, não tem muito espaço, além daquele para a cama, para o armário e para a circulação”, diz a diretora de marketing da imobiliária Abyara Brasil Brokers, Paola Alambert.

A adaptação dos projetos deve-se, segundo ela, a mais de um fator. Por um lado, o desejo dos consumidores, identificado em pesquisas, seria pela valorização dos ambientes sociais. Por outro, a legislação teria criado condições para a expansão de algumas dependências. As varandas – quando não maiores do que 10% da projeção da torre sobre o terreno – e os o espaços de serviço não são considerados computáveis como áreas úteis pela Prefeitura. Eles não interferem, portanto, no coeficiente de aproveitamento dos empreendimentos.

Mesmo mais compactos, os dormitórios modernos atendem às demandas do consumidor, na opinião do diretor executivo de incorporação da Even, JoãoAzevedo. Ele destaca, por exemplo, a redução de tamanho dos aparelhos de televisão e dos móveis de apoio dos equipamentos. ” Hoje, tudo é mais racional, e os caixilhos também estão maiores. Uma iluminação adequada faz com que a pessoa tenha mais conforto visual.”

O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), Claudio Bernardes, também ressalta a maximização dos espaços internos no decorrer dos anos. “Antigamente, víamos dormitórios enormes e banheiros tão grandes que nem sabíamos por que haviam sido feitos daquele jeito. Hoje, as pessoas têm uma vida social mais intensa, e a vida da cidade as induz a receber os amigos dentro de casa.” “Normalmente, fala-se no mercado: ‘Vamos privilegiar os pagadores da conta’. Para o apartamento ter isso, as construtoras têm de tirar espaço do quarto da criança, que se tornou apenas um lugar para dormir”, diz o diretor de contas da imobiliária Coelho da Fonseca, Roberto Coelho.

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