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17/12/2025
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Brasileiro parece incoerente ao investir, mostra pesquisa

Posted by Fred Rangel
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10
maio

Maio/2013 – Exame.com

Otimista com mercado de ações em 2013, investidor brasileiro deseja ser mais conservador neste ano, e espera altos retornos na renda fixa.
São Paulo – Que o investidor brasileiro é conservador não é nenhuma novidade. Mas de acordo com a Pesquisa Global de Opinião dos Investidores da Franklin Templeton, o brasileiro também é aparentemente incoerente na forma de investir. Em 2013, a maior parte dos investidores está otimista em relação ao mercado de ações, mas não está disposta a adotar estratégias mais arrojadas. E mesmo com o menor patamar de juros da história, a rentabilidade esperada pelos brasileiros nos próximos dez anos é a segunda maior no mundo.
Em relação ao otimismo, os brasileiros não estão sós: 66% têm boas expectativas em relação ao mercado de ações em 2013, enquanto a média dos 19 países da pesquisa também ultrapassa os 60%. E da mesma forma que, no Brasil, 62% dos entrevistados pretendem adotar estratégias mais conservadoras neste ano, no mundo a média também passa dos 50%.
“Os investidores acreditam que o mercado tem potencial de apreciação, mas não estão pagando para ver. Talvez por conta da crise ainda estejam cautelosos”, diz Marcus Vinícius Gonçalves, head da Franklin Templeton no Brasil, lembrando que o investidor de forma geral é altamente intolerante a perdas, mesmo no curto prazo. “O investidor não quer ser o primeiro. Quer seguir a tendência, não ditá-la”, completa.
Os brasileiros também estão otimistas em relação aos retornos que terão neste e nos próximos dez anos. Nesse quesito, estão bem mais entusiasmados que o resto do mundo, e parecem fora da realidade. Para este ano, os investidores brasileiros esperam um retorno de 13,50%, e para os próximos dez anos, uma rentabilidade média de 21,30% ao ano. É a segunda maior expectativa dos 19 países pesquisados, atrás apenas dos indianos, que esperam 22,10% ao ano na próxima década. A média mundial é de 13,5% ao ano para os próximos dez anos.
Além disso, 77% dos brasileiros entrevistados esperam atingir seus objetivos de investimento sem precisar investir em ações. A incoerência reside no fato de que o Brasil está em uma era de juros nominais e reais baixos, com uma taxa básica de juros (Selic) de 7,50% ao ano. As aplicações de renda fixa, no entanto, rendem menos que isso, uma vez que além de dificilmente pagarem a Selic cheia, ainda costumam ser corroídas por taxas e imposto de renda.
De acordo com Marcus Vinícius Gonçalves, essa alta expectativa de retornos na realidade atual é o que mais difere o Brasil dos demais países pesquisados. Ele explica que isso se deve aos altos retornos recentes no mercado de renda fixa, no mercado imobiliário e até mesmo na Bolsa, se olhado o horizonte de dez anos. Mas alerta que olhar para o passado pode ser arriscado, uma vez que as perspectivas futuras não são as mesmas.
A alta aversão a risco do investidor brasileiro também pode se dever ao seu objetivo de investimento, diz Gonçalves. Comprar um imóvel é a prioridade de 36% dos investidores, enquanto nos Estados Unidos, esse é o objetivo de apenas 8% deles. O principal objetivo, apontado por 60% dos americanos, é a aposentadoria. “A meta do investidor brasileiro ainda é muito ligada à necessidade básica da casa própria”, observa o head da Franklin Templeton.
Talvez isso também explique o otimismo do investidor brasileiro em relação ao mercado imobiliário. Apesar da forte alta dos últimos anos e dos recentes sinais de acomodação do mercado, 27% dos brasileiros acreditam que os imóveis são o investimento que obterá o melhor desempenho em 2013, e 23% acham que este será o melhor ativo dos próximos dez anos.
Jovens “traumatizados” com a crise
Apesar da menor propensão em investir em ações em relação ao resto do mundo, os brasileiros esperam aplicar, em média, 24,5% de sua carteira em ações em 2013. O percentual médio em janeiro deste ano era de 21,4%. Nos próximos dez anos, o percentual médio sobe para 32,3%. “Na margem, o brasileiro vai investir mais em Bolsa, então faz algum sentido aquele otimismo. Não será um movimento dramático, mas o brasileiro vai tomar uma atitude”, diz Marcus Vinícius Gonçalves.
Ele comenta, porém, que surpreendentemente, os mais jovens (25 a 34 anos) têm menor propensão a investir em ações. “Mais de dois terços deles na pesquisa global não veem as ações como essenciais para suas metas de longo prazo. Acredito que a crise de 2008 tenha impactado essas pessoas de maneira desproporcional”, observa Gonçalves, que lembra que os jovens são os que mais deveriam considerar as ações, por terem mais tempo para fazer o investimento dar bons frutos.
O arrojo dos jovens, no entanto, se mostra na sua maior propensão em investir fora de seu país. Nesse sentido, os brasileiros estão em linha com o resto do mundo. Hoje, 70% das carteiras dos brasileiros estão alocadas no Brasil, mais ou menos o mesmo que a média global. Em dez anos, os investidores globais pretendem alocar, em média, 39% das carteiras no exterior, enquanto que no Brasil a intenção é investir 31% das carteiras fora.
Metodologia da pesquisa
Para a Pesquisa Global de Opinião dos Investidores 2013, a Franklin Templeton coletou respostas de 9.518 pessoas em 19 países: Brasil, Chile, México, Canadá e Estados Unidos nas Américas; Austrália, China, Japão, Hong Kong, Índia, Malásia, Coréia do Sul e Cingapura na região Ásia-Pacífico (APAC); e Espanha, França, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido na Europa.
Os entrevistados tinham entre 25 e 65 anos de idade na América Latina e na Ásia, e 25 anos ou mais na Europa e América do Norte. Todos deviam ter um valor mínimo, definido para cada país, em algum tipo de investimento. Os questionários foram respondidos entre 14 e 25 de janeiro de 2013.

Como e quando pagar imposto sobre a venda de um imóvel

Posted by Fred Rangel
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26
abr

Abril/2013 – Exame.com

Recolhimento do imposto deve ser feito até último dia útil do mês seguinte ao da venda; veja como funciona o benefício da isenção dos 180 dias.
São Paulo – Ao vender um imóvel com lucro, é preciso pagar imposto de renda de 15% sobre o chamado ganho de capital, que é a diferença entre o custo de compra e o valor recebido na venda. Ou seja, se você teve uma despesa de 300 mil reais para comprar um imóvel e recebeu 500 mil ao vendê-lo, seu ganho de capital foi de 200 mil reais. O imposto de renda devido, portanto, será de 30 mil reais.
Muita gente pensa que esse acerto de contas com o Fisco será feito na hora da declaração de imposto de renda, no início do ano seguinte. Mas não é assim que funciona. Quem vende um imóvel tem até o último dia útil do mês seguinte ao da venda para recolher o imposto de renda sobre a transação. Isto é, se a venda ocorreu no mês de abril, o imposto deve ser pago até o último dia útil de maio.
Caso não respeite o prazo, o contribuinte deverá pagar juros de 1% mais a taxa Selic acumulada no período de atraso mais multa de 0,33% ao dia, limitada a 20% do imposto devido. Caso o atraso chegue a 12 meses, por exemplo, apenas de multa, o contribuinte do exemplo acima terá que pagar 6 mil reais (20% de 30 mil).
Valor de aquisição e valor de venda
O valor de aquisição do imóvel não se limita ao valor constante na escritura, que é o que você pagou pelo bem em si. A esse custo, você pode acrescentar a quantia gasta com a corretagem – caso esta tenha saído do seu bolso – com os juros e encargos de um eventual financiamento e com o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Também é possível somar ao custo de aquisição todas as reformas, benfeitorias e ampliações feitas no imóvel, desde que aprovadas pela Prefeitura (quando necessário) e guardados os comprovantes de pagamento.
Da mesma forma, o valor da venda é o que você efetivamente recebe pela venda do imóvel. Novamente, se a corretagem tiver sido paga pelo vendedor, ele pode abatê-la da quantia recebida.
Como calcular e pagar o imposto
Para recolher o imposto de renda incidente sobre o ganho de capital obtido com a venda de bens como imóveis é preciso usar o Programa de Apuração de Ganhos de Capital (GCap) referente ao ano em que ocorreu a alienação. Lá, o contribuinte preenche todos os dados da transação, como os dados do imóvel, o tipo de transação (venda, por exemplo), a data de aquisição e a data da venda, o valor da alienação, se o contribuinte foi pago à vista ou a prazo, se houve benfeitorias e reformas ou se o imóvel foi adquirido em partes ou datas diferentes.
“Você consegue preencher o valor investido no imóvel ano a ano, seja o custo inicial ou as benfeitorias posteriores. Dependendo do ano de aquisição do imóvel, há um fato de redução do imposto, que o programa calcula automaticamente”, explica Samir Choaib, advogado especializado em imposto de renda de pessoa física do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados.
Dependendo das suas respostas, o programa solicitará mais informações e valores. Isso porque ele já calcula o imposto devido para diferentes situações. Por exemplo, se você vender o imóvel e receber o dinheiro à vista, vai pagar 15% sobre o ganho de capital e pronto. Se o imóvel for antigo, pode haver fator de redução. Já se você receber em parcelas, terá que recolher o IR proporcional até o último dia útil do mês seguinte ao do recebimento da cada parcela.
Depois de preenchidos todos os dados, o programa emite o Documento de Arrecadação das Receitas Federais (DARF) com o valor do IR a pagar, que pode ser pago em qualquer banco. Quando o contribuinte for preencher a declaração de imposto de renda referente ao ano daquela alienação, deverá importar as informações do GCap para o Programa Gerador da Declaração. Assim, não será necessário preencher nada referente a ganho de capital, apenas dar baixa no imóvel na ficha de Bens e Direitos.
Benefício dos 180 dias
Outra possibilidade é que o contribuinte opte por se beneficiar da isenção de IR para quem usa o dinheiro da venda de imóveis residenciais para comprar outros imóveis residenciais dentro de 180 dias. Esse benefício pode ser usado uma vez a cada cinco anos. Nesse caso, existem duas possibilidades: ou ele usa todo o produto da venda para a compra de novos imóveis residenciais no Brasil, e com isso fica totalmente isento; ou ele usa parte do dinheiro para comprar novos imóveis residenciais no Brasil e paga IR proporcional sobre o valor restante.
Neste segundo caso, o contribuinte tem 30 dias além dos 180 dias para recolher o IR, sem incidência de multa, apenas com juros de 1% mais Selic do período. Isto é, se você vender um imóvel por 500 mil reais em abril, sendo 200 mil reais correspondentes ao ganho de capital, você tem até outubro para usar esse dinheiro na compra de outros imóveis residenciais. Se, dessa quantia, 100 mil reais não forem utilizados, você terá até o último dia útil de novembro para recolher o imposto de renda sobre o ganho de capital proporcional a essa parcela, com juros, mas sem multa.
Mas para poder pagar o IR dessa forma, o contribuinte deverá, ao preencher o GCap, sinalizar a opção pelo benefício dos 180 dias e informar que ele foi usado apenas parcialmente. Assim, na hora em que for calcular o IR proporcional à quantia não utilizada e emitir o DARF, o programa não incluirá multa, apenas os juros. Ao importar as informações do GCap para o Programa Gerador da Declaração do ano em que a venda foi realizada, o contribuinte automaticamente justificará à Receita por que só pagou o imposto mais tarde e sem multa.
Se o contribuinte porventura não conseguir comprar imóvel algum dentro de 180 dias, ele tem duas opções. Uma é informar no GCap a opção pelo benefício e pagar o IR sobre o ganho de capital total em até 30 dias depois dos 180 dias, com juros, mas sem multa. “Para todos os efeitos, nesse caso, ele usou o benefício dos 180 dias. Ou seja, ele só poderá usá-lo de novo dentro de cinco anos”, explica Samir Choaib.
Caso não deseje ficar sem a possibilidade de usar o benefício durante tanto tempo, o contribuinte pode simplesmente pagar o imposto atrasado, com a multa. Contudo, se o período de 180 dias começar em um ano e terminar em outro, essa opção pode gerar problemas.
Por exemplo, se a venda ocorrer em outubro deste ano, o prazo vai se encerrar apenas em abril do ano que vem. No GCap e na declaração referente a 2013, o contribuinte terá que informar que tinha a intenção de usar o benefício, para explicar o porquê de não ter recolhido o IR. Terminado o prazo, se ele quiser pagar o IR com a multa para não perder o benefício, terá que retificar a declaração referente a 2013, informando que foi uma alienação comum, sem a opção pelo benefício dos 180 dias.

Barra Funda (SP) desponta no mercado imobiliário

Posted by Fred Rangel
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25
abr

Abril/2013 – ADVFN

Em São Paulo, a Barra Funda é, atualmente, o “bairro do momento”. Novos escritórios, empreendimentos residenciais e investimentos em infraestrutura fizeram nascer um novo bairro, que tomou o lugar da Barra Funda de caráter predominantemente industrial do passado.
De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente pela Associação de Moradores da Barra Funda, um terreno que há dez anos custava R$ 50 mil, hoje chega a custar R$ 200 mil.
A valorização se deu porque, além estar perto de bairros como Higienópolis, Pacaembu, Perdizes e Pompeia, a Barra Funda está localizada próxima ao centro da cidade.
A farta oferta de transporte público, estação de trem e metrô e a vida cultural ativa, influenciada pela presença do Memorial da América Latina, pelos shoppings e pelo Parque da Água Branca, também são diferenciais do bairro.
Nos últimos cinco anos, foram construídas em Barra Funda 5.425 novas unidades, aconteceram 27 lançamentos e seu metro quadro alcançou uma valorização de 136%.
O crescimento do bairro deve movimentar o setor de construção civil, que envolve empresas como a Helrbor (BOV:HBOR3), a Rossi (BOV:RSID3) e a PDG Realty (BOV:PDGR3).

Governo promete “solucionar centro de São Paulo”

Posted by Fred Rangel
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25
abr

Abril/2013 – Exame.com

Reurbanização inclui a construção de 20 mil unidades habitacionais para famílias de diferentes faixas de renda.
São Paulo – A região da Sé, no centro de São Paulo, concentra 20% dos empregos da capital, mas tem apenas 3% dos moradores da cidade. Após o horário comercial, o centro se torna uma área degradada e perigosa, segundo o prefeito Fernando Haddad, que apresentou hoje, junto com o governador Geraldo Alckmin, o Projeto Casa Paulista (confira abaixo o documento, na íntegra).
Mais um projeto entre outros a tentar a revitalização do centro – apesar de Haddad garantir que este não compete com planos anteriores, O Casa Paulista é baseado em uma mistura. O “misto” se deve não só às parcerias entre o governo estadual tucano e municipal petista, além de pedir apoio da iniciativa privada com o setor público, mas à ideia de tornar o próprio centro de São Paulo mais heterogêneo.
Segundo Philip Yang, fundador do Instituto Urbem, que desenvolveu o Casa Paulista, o projeto urbanístico criado nega dois estilos já usados em São Paulo: o de urbanização “BNH” e o “medieval” (condomínios cercados por muros).
“Queremos uma mistura e convívio de diferentes faixas de renda, em uma área com infraestrutura de transportes e com organização espacial que remete às cidades que gostamos de visitar, como Nova York, com calçadas largas, comércio, serviços e prédios direto na calçada”, disse o administrador.
O projeto prevê a construção de 20 mil unidades habitacionais, para “levar moradia para perto do posto de trabalho”, segundo o prefeito.
Os apartamentos subsidiados pelo governo e iniciativa privada serão destinados prioritariamente às famílias que trabalham no centro e moram, hoje, em outras regiões. Famílias que não tenham casas próprias também terão prioridade na distribuição. A iniciativa privada será responsável por comercializar os imóveis e cadastrar as famílias.
O diferencial do projeto está na forma como as unidades habitacionais serão distribuídas: 62% dos imóveis serão divididos para quatro faixas de renda, de famílias que ganhem de 755 a 4 mil reais. Os outros 38% serão distribuídos para famílias que ganham até 11 mil reais.
As prestações dos financiamentos, serão de 320 a 1.000 reais, dependendo da faixa na qual e encontra a família.
As plantas mostram que haverá também espaço para comércio e serviço, especialmente no térreo dos empreendimentos. Áreas verdes também serão contempladas, assim como reformas de ordem urbana, como alargamento de calçadas e construção de passarelas.
Parceria Público Privada
Para sair do papel, o Casa Paulista prevê um orçamento de 7,9 bilhões de reais, sendo 4,6 bi vindos de investimentos privados através de um contrato de concessão de 20 anos.
O governador Geraldo Alckmin se disse otimista em relação à parceria: “Eu sou um fã de PPP: trazemos a agilidade e a expertise do setor privado e temos integração com a Prefeitura”, disse.
Os locais e terrenos exatos ainda não foram divulgados porque o decreto não foi publicado. O Estado ficará com o encargo de realizar desapropriações necessárias para as obras, mas a questão financeira será operacionalizada pela empresas.
O edital final será publicado em junho e, segundo o governo do estado, a meta é contratar todas as operações no início de outubro.

Incorporadoras embarcam no boom imobiliário sul-americano

Posted by Fred Rangel
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25
abr

Abril/2013- New York Times

Durante décadas, a América do Sul foi vista como uma aposta perigosa por muitas empresas estrangeiras do setor imobiliário. Agora, incorporadoras como a RelatedGroup, da Flórida, e investidores imobiliários, como o bilionário Sam Zell, estão construindo imóveis comerciais e residenciais no Uruguai, na Colômbia e, especialmente, no Brasil.
Antigamente, a maior preocupação dos brasileiros ricos costumava ser a de tirar o dinheiro do país. Hoje, o aumento da renda e a estabilidade econômica deixam mais brasileiros confiantes para investir também internamente.
“Alguém do interior do Brasil, que, no passado, teria comprado uma casa em Paris ou em Nova York, vai agora comprá-la no Rio”, disse José Condes Caldas, presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio. Em seus 41 anos no setor, acrescentou ele, “esta é a melhor época de todas as épocas”.
O preço médio de um apartamento de quatro dormitórios em Ipanema, na zona sul carioca, quase sextuplicou entre 2008 e 2012, superando a cifra de R$ 5 milhões. A alta foi estimulada pela descoberta das reservas petrolíferas do pré-sal e pela escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. Mesmo no deteriorado centro da cidade, apartamentos de um dormitório triplicaram de preço nesse período.
São Paulo e Rio são atualmente a nona e décima cidades do mundo onde mais vivem indivíduos com patrimônio de pelo menos US$ 30 milhões, segundo a empresa imobiliária londrina Knight Frank.
Mas será que os bons tempos estão terminando? Ultimamente, as vendas de novos imóveis residenciais perderam fôlego. No Rio e em São Paulo, o número de novos empreendimentos residenciais atingiu o pico em 2010. As vendas de moradias em São Paulo caíram quase 5% no ano passado.
Mas isso não dissuade incorporadores como Jorge Pérez, presidente da RelatedGroup, que faz uma aposta considerável na demanda brasileira por imóveis residenciais de luxo na próxima década. “São Paulo teve um período de excesso de construções, mas se aquietou nos últimos anos”, afirmou Pérez. “[Mas] sentimos que, na próxima década, o Brasil terá uma taxa de crescimento bem maior do que a dos EUA, e definitivamente [maior] do que a da Europa.”
A Related Brasil está investindo R$ 200 milhões em um complexo com várias torres no Morumbi, em São Paulo. Lá haverá condomínios, escritórios, lojas e um hotel.
A primeira fase, que deve começar a ser erguida no ano que vem, terá cinco torres, com 672 unidades. A segunda será ainda maior, segundo ele.
A Related também está trabalhando em outros dois projetos de luxo em São Paulo e vasculhando o Rio em busca de oportunidades na zona portuária, onde há um projeto de revitalização em curso.
Entre os envolvidos com a Related Brasil, está Clifford Sobel, ex-embaixador dos EUA em Brasília, que, em 2007, escreveu um comunicado diplomático –depois divulgado pelo Wikileaks– afirmando que a “lua de mel” estava só começando para os investidores imobiliários americanos no Brasil.
No Rio, a TrumpOrganization está licenciando seu nome para um multibilionário complexo comercial na zona portuária, onde há planos para que surja um novo bairro de alta valorização, com dezenas de milhares de moradores. Donald Trump Jr. supervisiona o projeto. “Pode ser o maior empreendimento comercial urbano em todos os países do grupo Bric”, disse, referindo-se à sigla que abarca Brasil, Rússia, Índia e China.
No Uruguai, Trump está emprestando seu nome a um condomínio no balneário de Punta del Este. O empreendimento, de US$ 100 milhões, terá 129 apartamentos em 25 andares, com vista para a praia. O preço das unidades irá variar de US$ 650 mil a US$ 2,5 milhões.
Outro americano com investimentos imobiliários na América Latina é Zell, que fundou a EquityInternational em 1999 com Gary Garrabrant.
Na Colômbia, país marcado por décadas de ataques rebeldes que deixaram investidores estrangeiros ariscos, a EquityInternational tem um investimento de US$ 75 milhões na empresa Terranum Corporate Properties, de Bogotá, que está desenvolvendo um complexo de uso misto com 185 mil m2 perto do aeroporto internacional El Dorado, na capital do país.
Tom Heneghan, executivo-chefe da EquityInternational, disse que o interesse dos investidores imobiliários pela Colômbia vem crescendo. “O mercado vai começar a ficar mais lotado, como já vimos no Brasil”, prevê.