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10/05/2025
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Topo gera disputa, apesar de preço alto

Posted by Fred Rangel
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17
set

Folha de São Paulo – Setembro/2012

Valor pode subir ainda mais se o prédio for o único maior da região,
menor ruído está entre as vantagens desse tipo de imóvel; para urbanista, ele bloqueia a vista em volta.

Quem procura um apartamento em um prédio com mais de 30 andares e quer morar no topo precisa correr para garantir a compra, mesmo que as cifras sejam altas.
O empresário e morador de uma cobertura Jorge Alfieri, 39, comprou dois apartamentos de alto padrão assim que eles foram lançados: um no 38º andar do empreendimento Josephine Baker e outro no 32º do Camille Claudel, ambos no Jardim Anália Franco, na zona leste. “Sei que os mais altos são mais disputados.”

Ele planeja se mudar para o Josephine Baker, com 128,9 metros de altura, e vender os demais. “Um dos prazeres que tenho é apontar o edifício e falar para alguém: ‘Olha, é ali que eu moro’. Você se sente singular.”

Ainda que os residenciais despertem esse tipo de desejo, são os comerciais que figuram no topo da lista dos mais altos.

Para ter um imóvel em um andar mais alto, é preciso desembolsar mais, lembra Eduardo Della Manna, diretor de legislação urbana do Secovi-SP (sindicato de habitação).

Segundo ele, se um empreendimento é o único muito alto em uma região, o preço do seu último andar tende a variar ainda mais.

“Mesmo sendo mais caros, os apartamentos mais altos vendem mais e mais rápido, tanto pela vista quanto pelo status que representam”, afirma Celso Amaral, diretor corporativo da Geoimovel, empresa de pesquisas imobiliárias.

“A variação de preço oscila entre 15% a 20% se comparamos os primeiros andares e os últimos”, completa.

Marco Antonio Nelro, um dos sócios da construtora Porte, que comercializa empreendimentos desse tipo, rebate que, em geral, a variação é de 5% a 6% em um dos últimos andares em relação ao terceiro ou ao quinto.

No Josephine Baker, a diferença de preço entre um apartamento no quinto andar e outro no 27º chega a 8%. Para usufruir da vista de um ponto mais alto, é preciso desembolsar R$ 240 mil a mais.

RUÍDO
A vantagem de morar em um andar muito alto, que é o menor nível de ruído da vizinhança mais próxima, não significa silêncio total.

“O que acontece é que nos mais altos não se ouve muito barulho de crianças brincando ou de pessoas conversando, como ocorre mais perto do térreo. Mas existe um barulho difuso, originado do sistema viário. Fica aquele ‘zum’ característico,” diz Della Manna, do Secovi.

“A cobertura é como uma aristocracia moderna e exclusiva”, analisa Sérgio Wajman, professor de psicologia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica). “É uma questão de status, pois coloca o morador em um nível em que ele se considera melhor que os outros, algo semelhante com o que ocorre em relação a carro ou a celular.”

RUIM PARA A CIDADE

Lucila Lacreta, urbanista e diretora-executiva do movimento Defenda São Paulo, afirma que os efeitos de um empreendimento muito alto são todos negativos para a cidade. “Quem está em volta de um desses prédios tem a vista bloqueada por ele, e só o morador dali sai ganhando.”
Ela ressalta ainda que esses edifícios criam uma grande sombra e geram tráfego.

Ex-quitinetes agora são apostas de alto padrão

Posted by Fred Rangel
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3
set

O Estado de São Paulo – Setembro/2012

Apartamentos com metragem de 30 m² a 50 m² ganham atrativos como varanda gourmet e nomes como ‘smart’, ‘estúdio’, ‘compacto’

Pequenos apartamentos, que no passado foram chamados de quitinetes, agora são apostas de alto padrão das construtoras. São unidades com entre 30 e 50 metros quadrados, que chegam ao mercado com nomes mais atraentes. “Smart apartamento”, “estúdio” e ainda “compacto de luxo” viraram sinônimos de unidades reduzidas, mas com regalias antes só comuns às construções de alto padrão.

E a partir daí muda tudo, até mesmo o papo do corretor. “Ele é pequeno, 45 m², mas tem varanda gourmet, lavabo, e até uma minilavanderia”, diz um vendedor da construtora MAC, ao tentar convencer o interessado que o espaço não é assim tão pequeno quanto a metragem sugere.
Uma vez no apartamento decorado do empreendimento, que será levantado na Rua do Paraíso, na zona sul de São Paulo, o potencial comprador comprova que de fato está tudo lá. A varanda gourmet tem 6 m² e comporta uma mesa de jantar com quatro cadeiras. O lavabo alardeado como diferencial realmente existe, e esconde a minilavanderia, que fica atrás de uma porta de correr ao lado do sanitário, como se fosse dentro de um armário.

“Mas se você achar esquisito essa combinação de espaço, há opção de montar só o banheiro e usar a lavanderia coletiva do prédio, que será um dos serviços do condomínio”, explica o corretor, que segue enumerando as demais vantagens, como concierge, piscina aquecida e área para churrasco.
“A ideia é oferecer todo o conforto de um apartamento grande, mas em uma área pequena”, diz a arquiteta Fernanda Marques, que projetou o modelo decorado do empreendimento. Espelhos nos armários e nas paredes são alguns dos truques que ajudam a ampliar o espaço. Cozinha americana, sala e quarto não são separados por paredes, mas isso pode ser modificado.

Uma das grandes novidades desses empreendimentos, aliás, é a possibilidade de customizar o espaço ainda na planta. “O comprador pode pedir que o apartamento seja entregue igual ou com alguns itens do decorado”, diz Fernanda. “Não é qualquer móvel que se adapta a um espaço pequeno.” E como o projeto está pronto, não há gasto direto com o trabalho da arquiteta.
Com o aumento da demanda dos apartamentos smart, começam a surgir empresas especializadas em fazer móveis sob medida. Há pouco mais de um ano, desembarcou no Brasil a Uau! Haus. “Trouxemos a tecnologia da cama que levanta e fica na parede, além de outros itens, comuns nos apartamentos pequenos de Nova York”, diz Eduardo Paraíso, sócio da empresa.

Perfil. Com o conceito de que apartamento pequeno também é para quem tem dinheiro, as incorporadoras lançam as unidades compactas em regiões nobres. “Construímos esses empreendimentos em bairros como Campo Belo, na zona sul, ao lado de prédios com apartamentos de 400 m² de área útil”, diz Maurício Belo, diretor da Even.
O preço do metro quadrado vai de R$ 8 mil a R$ 12 mil, dependendo do bairro. “Usamos o mesmo conceito de arquitetura dos empreendimentos com unidades mais espaçosas e luxuosas. A fachada é contemporânea, o hall de entrada suntuoso, com pé-direito alto”, conta Belo.

O arquiteto Júlio Leite Tescaro, de 28 anos, morava em um apartamento alugado nos Jardins, na zona sul. Com o aumento do preço dos aluguéis, acabou deixando o bairro e começou a procurar um imóvel na zona leste, onde já havia montado um escritório com amigos da faculdade. Comprou na planta um compacto de 35 m² no Red Tatuapé, da Even, que terá uma estrutura de condomínio-clube com 25 itens de lazer. Tescaro ainda poderá escolher com a construtora como quer a divisão do espaço. “É o meu primeiro apartamento”, conta, orgulhoso.
Localizado no Brooklin, na zona sul, o Home Boutique, da Cyrela, tem como apelo de venda oferecer o mesmo “lifestyle de Manhattan”.

No projeto, um salão de festas na cobertura com pé-direito quádruplo, academia de ginástica coordenada por uma grande rede, restaurante, piscina aquecida e sauna. “Parece um hotel cinco-estrelas”, diz Fábio Capuano, de 32 anos, que comprou uma unidade para investir e tem a opção de pedir que o apartamento seja entregue com a mesma decoração da unidade em exposição.
“Fica no eixo empresarial Berrini-Faria Lima. O aluguel nessa parte da cidade, um imóvel desse padrão, fica em torno de R$ 7 mil por mês”, conta Capuano. E qual é a metragem? “30 m².”

Viver nas alturas

Posted by Fred Rangel
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3
set

Folha de São Paulo – Setembro/2012

Mais comuns em empreendimentos comerciais, edifícios acima de 30 andares lançados nos últimos três anos são residenciais.

Ana Lucia Levi comprou um apartamento no 9º andar no Jardim Anália Franco

“Sinto-me livre ao saber que vou morar num arranha-céu. É como se eu fosse a dona do mundo.”

Assim a ex-professora Ana Lucia Levi Moraes, 50, descreve a sensação de ter comprado um apartamento em um edifício de 32 andares no Jardim Anália Franco (zona leste de São Paulo).

Feliz com a compra, ela só lamenta ter chegado quando as unidades nos andares mais altos já estavam vendidas -restou a opção de comprar no nono andar. “Mas daqui a três ou quatro anos pretendo comprar um apartamento em um dos últimos andares, pois sou apaixonada por altura.”

Para isso, ela terá de ser rápida, pois imóveis desse tipo costumam ser arrematados primeiro. “Andares mais altos são sempre mais procurados e vendem rapidamente”, afirma Marco Antonio Nelro, sócio da construtora Porte.

Para atrair clientes como Ana Lucia, construtoras e incorporadoras têm apostado cada vez mais em prédios residenciais com grande número de andares.

Levantamento da imobiliária Lopes, feito com exclusividade para a Folha, mostra que os 11 empreendimentos com maior número de andares lançados na cidade de São Paulo de setembro de 2009 a agosto de 2012 são residenciais.

Os campeões em altura continuam sendo edifícios comerciais, como o Mirante do Vale, mas o levantamento aponta uma tendência de “esticamento” entre os lançamentos residenciais.

Maiores na altura, mas também no preço, boa parte desses arranha-céus são de alto padrão -não é difícil encontrar valores que ultrapassam R$ 1 milhão.

Além da vista e da sensação de ter um bem facilmente reconhecido a grandes distâncias, compradores indicam como vantagem o fato de o barulho da rua quase não ser ouvido do apartamento.

Classe média ascendente exige lazer e conforto por baixo preço

Posted by Fred Rangel
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3
set

O Estado de São Paulo – Setembro/2012

Primeira aquisição. Proximidade de estação de trem pesou na compra do casal Marinello
Antes presa ao aluguel, a classe média ascendente hoje tem mais poder de compra no mercado imobiliário graças a fatores como o barateamento do crédito e o aumento de renda da população brasileira. E, nem de longe, esses consumidores se contentam com pouco.
Os itens de lazer, tradicionalmente peças de edifícios residenciais de padrão um pouco mais elevado, têm figurado em condomínios da linha econômica.

“Essa classe média deseja ter qualidade de vida”, diz o diretor comercial e de marketing da MZM Construtora, Helio Korehisa. A empresa acaba de realizar uma pesquisa sobre suas ofertas online de imóveis e constatou que 719 entre mil visitas foram motivadas pelos itens de conforto e lazer dos lançamentos.
Como o preço final dos imóveis não pode estar fora do orçamento familiar dos compradores, a MZM procura adotar medidas para controlar os custos finais dos produtos. A principal estratégia é oferecer condomínios-clube com variadas torres e muitas unidades em cidades vizinhas a São Paulo.

O grande adensamento permite que a taxa condominial, dividida por todos os proprietários, não fique com valores altos demais. A localização também seria uma vantagem, porque o preço do metro quadrado fora da capital é, em geral, mais baixo. Em Santo André, por exemplo, a área útil dos lançamentos deste ano custa R$ 4.792 frente a R$ 7.037 cobrados nos empreendimentos paulistanos.
A MZM prepara para outubro, em Diadema, o lançamento do Residencial Conquista Alda, com três torres. O conjunto terá mais de 20 opções de lazer e 348 unidades ao todo, todas variando de 59,3 m² a 67,3 m².

Na capital, os imóveis de padrão médio mais econômico podem ser encontrados em bairros em desenvolvimento e, na maioria das vezes, com metragens reduzidas. No bairro de Pirituba, a incorporadora You, Inc deve lançar, no início de setembro, o residencial You Parque São Domingos, que terá unidades a partir 57,3 m² ao custo estimado de aproximadamente R$ 295 mil. “Percebemos que o consumidor se encanta, porque vê que há varandinha e lazer completo.

A região tem prédios mais simples”, diz o gerente de vendas da companhia. Daniel Berettini.
Outras empresas, como a Requadra Desenvolvimento Imobiliário, investem em bairros em recuperação na área central de São Paulo. Este mês, ela lançou o Sampa, no Brás, com unidades de 32 m² a 52 m².

“O público que compra o primeiro imóvel quer que ele seja o mais perfeito possível. Um dos reflexos disso é a arquitetura. Os apartamentos têm cozinha integrada e churrasqueira no terraço”, diz o diretor comercial da Requadra, Marcos França.

No momento da venda, imobiliárias e empresas de marketing especializado valorizam os aspectos mais marcantes dos produtos, sem descuidar da sofisticação. “Nos decorados dos empreendimentos econômicos, usamos os mesmos decoradores de apartamentos de alto padrão. Essas pessoas são exigentes e não querem ver móveis que não são de desejo”, diz a diretora de marketing da Abyara Brasil Brokers, Paola Almabert.

O casal Fernando e Carolina Marinello compraram em março um apartamento de 47 metros quadrados no Jaraguá. “A única coisa que ele não tem é piscina. Há playground, salão de festas, salão de jogos”, conta Fernando, que considera a localização um diferencial – o prédio ficará próximo a uma estação de trem. Eles deixarão o aluguel quando o edifício estiver pronto, o que está previsto para 2014.

Ascensão. Segundo o presidente da Eugênio Marketing Imobiliário, Carlos Valladão, a exigência tende a crescer com o aumento da condição financeira do consumidor. “Se ele mora em casa própria, vai buscar uma localização que represente ascensão: próxima ao trabalho, ao metrô ou a uma área de lazer.”

O desejo de viver com mais conforto foi decisivo para que a arquiteta Patrícia Dada, de 27 anos, adquirisse sua segunda unidade, com três dormitórios em São Caetano do Sul. “A localidade pesou na nossa decisão, porque é uma cidade melhor”, disse Patrícia, que mora em Santo André. Com casamento marcado para sábado, ela também se prepara para o possível crescimento da sua futura família.

Megaprédio é liberado pela CET na Faria Lima

Posted by Fred Rangel
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3
set

O Estado de São Paulo – Setembro/2012

Pronto há cerca de quatro meses, o megaprédio comercial erguido no terreno mais caro da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul de São Paulo, vai abrir as portas. A Secretaria Municipal de Transportes aprovou as obras realizadas para reduzir o impacto do empreendimento no Itaim-Bibi e concedeu a licença que abre caminho para obtenção de Habite-se e alvará de funcionamento. A expectativa é de que os documentos sejam emitidos na próxima semana.

Formado por uma torre central de 11 andares e duas de 19 andares cada, unidas pela maior laje já construída no Brasil, o Edifício Pátio Victor Malzoni terá andares ocupados por empresas multinacionais, como Google e Banco da China, um estacionamento para helicópteros e uma área de gastronomia, com restaurante do Grupo Fasano.

Com 70 mil metros quadrados de área construída, o edifício fica no terreno entre as Ruas Aspásia e Horácio Lafer, comprado pelos incorporadores em 2010. Foi o negócio mais caro já registrado na cidade, tanto pelo valor do metro quadrado quanto pelo preço total, superior a R$ 600 milhões.

Com formato que lembra uma mesa, o prédio tem fachada revestida em vidro negro e um vão central de 30 metros de altura por 44 de largura. Lá resiste uma casa bandeirista construída no século 18. Tombada pelos órgãos estadual e municipal de proteção ao patrimônio histórico e cultural, o imóvel teve a estrutura restaurada (leia mais abaixo).

Trânsito. Finalizado em meados de abril, o megaprédio foi penalizado pela Prefeitura por não ter cumprido as medidas mitigadoras de tráfego a tempo da inauguração.

Na lista de obras exigidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), estão o alargamento de um trecho do canteiro central da Avenida Brigadeiro Faria Lima, novos semáforos, alargamento da Rua Aspásia e prolongamento da Rua Iguatemi, além de construção de ilhas e passeios em cinco cruzamentos da região do entorno.

Responsável pelo empreendimento, a incorporadora Brookfield atribuiu a demora da realização das obras à dificuldade enfrentada para obter as licenças necessárias para promover intervenções em área pública. O trabalho foi finalizado na semana passada e aprovado pela secretaria, que emitiu o Termo de Recebimento e Aceitação Definitivo (Trad) na terça-feira.
A construtora não informou ontem quantas vagas de estacionamento serão oferecidas aos proprietários e visitantes nos seis subsolos do edifício nem qual é a expectativa de movimentação diária no local.

Lazer. Projetado inicialmente como um empreendimento com característica de uso misto – com uma torre de escritórios e shopping anexo -, o Edifício Pátio Victor Malzoni foi transformado em megaprédio comercial pela pressão do mercado imobiliário. A demanda por espaços corporativos na avenida mais cara e disputada da capital paulista foi a responsável pela mudança na planta original. Nem o preço do aluguel espanta a clientela. Hoje, o valor do metro quadrado alugado ali não sai por menos de R$ 200.